Uma preocupação comum entre pais e médicos é sobre o aumento da obesidade infantil. Este mal está diretamente relacionado à alimentação das crianças, já começando a partir dos primeiros anos de vida.

Um estudo recente, publicado no periódico The American Journal of Clinical Nutrition, constatou uma diferença nos tipos de fórmula infantil e nos desfechos da obesidade em crianças. Continue a leitura para saber mais.

Relação entre fórmula infantil e obesidade

Já se sabe que a amamentação está relacionada a uma diminuição do risco de obesidade na infância, isso quando comparada com a alimentação à base de fórmula infantil. 

Porém, o estudo conduzido pelos pesquisadores do Special Supplemental Nutrition Program for Women, Infants, and Children (WIC) da University of Southern California, nos EUA, trouxe uma nova informação para essa questão.

Uma das informações reveladas pela pesquisa é de que os médicos deveriam orientar os pais a não oferecer fórmula infantil com baixo teor de lactose, a menos que seja absolutamente necessário, porque esse tipo de fórmula pode aumentar o risco de obesidade na infância.

A pesquisa

Os pesquisadores estadunidenses analisaram dados de mais de 15.000 bebês no sul da Califórnia. Os prontuários de bebês nascidos entre setembro de 2012 e março de 2016 foram separados em dois grupos: aqueles que pararam de mamar no 3º mês de vida e iniciaram fórmula com baixo teor de lactose e aqueles que receberam todos os outros tipos de fórmula.

Os bebês participantes da pesquisa que receberam a fórmula com baixo teor de lactose à base de xarope de milho apresentaram um risco 8% maior de obesidade aos três anos e um risco 7% maior aos quatro anos, em comparação com crianças que receberam fórmula láctea regular à base de leite de vaca.

Dessa forma, mesmo sabendo que a amamentação proporciona maiores benefícios à saúde do bebê, agora os médicos também devem considerar o que as fórmulas infantis contém, pois devem existir diferenças o suficiente em sua composição para que algumas sejam mais prejudiciais do que outras.

E qual o problema da fórmula com baixo teor de lactose? 

Os pesquisadores do Special Supplemental Nutrition Program for Women, Infants, and Children (WIC) agora procuram entender as razões para a associação entre a fórmula à base xarope de milho com baixo teor de lactose e o maior risco de obesidade.

Uma delas seria que a adição do xarope de milho poderia realmente estar começando a ensinar a criança a gostar de coisas doces, o que, por sua vez, tende a levar a hábitos alimentares menos saudáveis na infância e na idade adulta.

Existem ainda pesquisas paralelas que mostram que o xarope de milho pode agir de forma diferente de outros açúcares no microbioma intestinal e durante sua metabolização no fígado, levando ao ganho de peso.

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